A Rebeliom do Inframundo é umha banda de Rap que nasceu alá polo 2005 em Ponte Areias, formada por Alexandre Bolívar (Dj Rapu) e Cristopher Machado (O’Nervo). Forma parte do coletivo e selo independente Track Asedio. Somos umha banda da Galiza que diz o que vive, o que pensa, o que sinte… A voz obreira que luta, ri, chora, vive, sofre e olha como todo ao seu redor perde sentido. Umha gente que se rebela ante este fodido mundo tolo.
Que imos atopar em “A Sorpresa”?
Pois basicamente RAP, na questom das produçons musicais seguimos a pauta do rap de bombo e caixa com samplers de vinilo e sons tocados por Dj Rapu, sempre guardando boa harmonía com o ouvido e dando importáncia ao scratch, algo que curiosamente hoje quase nom se escuta neste género. Na questom das líricas atoparedes uma variedade de flow bastante ampla desde líricas desgarradas até outras mais tranqüilas passando por entonaçons em base à temática do tema e o grao de mala hóstia que se precise (risas). Letras carregadas de crítica social, auto-crítica e ganas de lutar e de viver livre da opressom à que estamos sometidos em todos os sentidos: desde a opressom que exerce o Estado à que exercemos nós mesm@s sobre a nossa pessoa. Basicamente a vida cotiá de qualquer pessoa que tenha os pés no cham. Atoparedes “RAP made in Galiza”.
Nom é habitual escutar un disco de rap sem colaboraçons vogais. A que se deve?
Sim, nom é habitual no Rap nom meter nengumha colaboraçom vogal mas em nós sim é bastante normal. Temos um afám bárbaro de protagonismo (risas). Agora a sério, era algo que tinhamos claro desde o princípio. Este é nosso primeiro trabalho de estúdio e a melhor oportunidade para demostrar todo o que levamos madurado musicalmente nestes últimos anos e todo o que podemos chegar a fazer. É umha forma de demostrar que ninguém nos regala nada e que nós mesmos somos quem de fazer algo guapo e sério.
O primeiro videoclip de “A Sorpresa” é o de “Político cabrom”. Por que escolhestes essa cançom?
É muito curioso já que “Político cabrom” nom ía aparescer no disco, de facto tinhamos todos os temas fechados. “Político cabrom” foi um tema que preparamos para um recompilatório, mas depois de grabalo decidimos metelo no disco e fazer o video já que encaixa à perfeiçom com o mosqueo que temos hoje em dia o 80% das pessoas com a forma de fazer política que há no país e no Estado espanhol e com os políticos que a practicam. O tema é Rebeliom 100%: base dura, letras duras, rap hardcore e um sentimento que pode compreender desde umha pessoa de 15 anos a umha de 60, qualquer pessoa com capacidade de indignaçom pode sentir-se representada. E sobretodo gravamo-lo porque nos apetecia fazelo (risas).
Vai haver máis videoclips?
Por suposto qe sim. Temos várias ideias mas nom imos adiantar nada polo momento. Só dizer que um minimo de 2 videos mais vam cair seguro.
Como é un directo da Rebeliom?
Potente. Seguinte pregunta? (risas) No direto da Rebeliom procuramos gerar sentimentos diversos no público, porém neste estamos respaldados nos coros por Malvares de Moscoso e Duke Sam para dar-lhe mais potência se cabe, com controlo e muito trabalho e esforço detrás. Veredes a 3 pabos rompéndo-se o peito no cenário e 1 que remata sem pegadas dactilares (risas).
Sei que estivestes colaborando com outros artistas…
No disco da Rebeliom há duas colaboraçons intrumentais, umha do nosso companheiro de selo e amigo Ebanni no “Skit 2” e outra com Acid-lemon desde Barcelona no tema “Puta policia”. Fora do disco temos colaborado com Arrap desde València, com Frank & Brais (Verso Libre) no seu último trabalho “La Resurrección de las Sombras, com Duke Sam em “El vendedor de humo” e há 6 ou 7 colaboraçons em discos de outros companheiros que estam gravadas e ainda nom sairom à luz. Temos outras tantas pendentes de gravar. A cabeça nom para!
Que projectos tendes para o futuro?
A dia de hoje pensamos no presente. Há muitos projectos no ar, mas a prioridade é respaldar o disco em directo, tocar, tocar e tocar, trabalhar duro, sementar para recolher. O resto já virá… Viver na casa e deixar a um lado os castelos no ar. Desde logo o que é seguro é que seguiremos gravando, produzindo, escrevendo e criando temas tal e como estamos fazendo agora. O projecto para o futuro é fazer bem as cousas no presente para que sempre tenha sentido. Queda Rebeliom para dar e tomar.