Sala Capitol + Collón de Lola
• Entradas:
- 5€ ou 10€ con CD Anticipada.
-7€ ou 12€ con CD Taquilla.
• Puntos de venta:
-Miranda Cultura para levar (Cmpostela)
-Meigo (Chantada)
Entrevista Liviao de Marrao para Música em galego
1.- A vindoura sexta-feira 23 apresentades um novo trabalho discográfico na Sala Capitol. Como foi a génese deste trabalho?
Ao igual que no primeiro disco, o Matança eta filhoak! estilamos lentamente os nossos temas. Trabalhando bem as letras e os arranjos e achegando entre todos os componentes diferentes visões e matizes que nos permitam que os temas fiquem mais redondos ou que uma ideia inicial remate por desbotar-se e dar-se-lhe outra fasquia ao tema.
Pelo geral, o que prima é a mistura de punk, ska e rock com um sentimento de arroutada e de rebeldia que é a herança do bravú. Tão pouco rejeitamos a nossa tradição e elementos do nosso folclore, pois ao cabo o que pretendemos é fazer música por e para o povo, como sempre fizeram os nossos músicos.
2.- Porque o título Que cada cão lamba a sua caralha?
Recolhe um bocado o que se vemos na nossa contorna, na sociedade. Enquanto sofremos as piores ofensivas contra os nossos direitos ou o 1% dos mais ricos contam com mais património já que o resto da humanidade, seguimos olhando cada um pelo seu e o resultado é que rematamos por lamber todos a caralha dessa minoria cleptómana e psicopata que nos conduz a uma sociedade insustentável e põe a biosfera em grave perigo. Ao tempo, somos rapazes da aldeia e as agresões que sofre o nosso rural estão também no centro das nossas composições. Tudo isto, sem refugar da diversão, da retranca e do orgulho de sermos galegos.
3.- Que podemos encontrar no novo disco que apresentades o dia 23 em Compostela?
Pois achamos que é um trabalho diverso, com sons e músicas que tocam diferentes propostas e estilos. Isso sim, sempre tendo como pano de fundo a nossa personalidade: ska-punk em galego. O disco compõe-se de 12 temas onde as temáticas são igualmente diversas: desde uma cantiga de amigo de Joham de Requeixo que se chama “A Faro um dia irei Madre” até uma cantiga moderna que intitulamos “Cantiga de Feto” e que canta a chantadina Sara de Sousa, uma das colaborações com as que contamos neste disco.
Também é um percurso por cinco séculos da história da nossa cultura e da música, da do país do Faro. Desde a já mencionada cantiga medieval até uma homenagem ao grupo de gaitas mais antigo da Galiza, Os Barrios, que levam bourando desde o século XIX. Sem esquecer a gênese do bravú no lugar de Viana, na tasca do Caballero; as nossas bandas de gaitas e de músicas homenageadas através do tema “15 em Castro”, que adaptamos da criação original de Carlos (figura imprescindível para entender a moderna música culta local) ou “Molina Sideral” que ningum chantadino desconhece e que é um assíduo de todas as festas da contorna com mais de 70 anos e que representa, coma poucos, essa dimensão popular da nossa música.
4.- Que mais colaborações tendes no disco?
Fizemos um outro tema dedicado aos 20 anos de bravú que se celebraram no passado 2014 e para o que organizamos a primeira edição do Por Parroquias, do que saiu também a primeira exposição do bravú, que está este mês na Casa de Cultura de Chantada, e mais um documentário pendente de estrear, elaborado por Chantada Films. O tema que leva por nome “Viana Manifest” conta com vozes imprescindíveis para entendermos a história recente do sistema-musical galego: Xurxo Souto dos Diplomáticos de Monte Alto e os Três Trebons, Elétrico dos Rastreros de Chantada, Jasper de Xenreira e Nao, Vituco Neira dos Ruxe-Ruxe e dos Barbitúricos e Bocixa dos incombustíbeis Zënzar. Ficamos muito contentes com o resultado e queremos agradecer mais uma vez as desinteressadas colaborações de todos eles e de Sara de Sousa, para além doutras pessoas que são parte do nosso coletivo como Xavier Viana que recita um poema de Rafa Lobelle que forma o paratexto do tema que lhe dá título ao disco.
5.- Podemos já escutar um adianto do novo disco?
Sim, precisamente o tema “Viana Manifest”, disponível em
6.- Tendes algo mais para engadir?
Apenas que vos desejamos uma longa viva. Saúde e bravura!
